terça-feira, 6 de novembro de 2012

LE MONDE E THE NEW YORK TIME ANUNCIAM: ney Ferraz Paiva é o novo prêmio Raptcula de Literatura, categoria Poesia (des)Necessária ?


Apenas dois jornais reservaram um espaço pequeno de duas páginas inteiras para anunciar, não o fim do mundo, mas uma parte do que vem depois do fim.
 E, ponta a ponta das duas páginas seguiam com a entrevista do poeta Ney Ferraz Paiva que desviando o olhar dos flashes, acertava em cheio os repórteres com suas respostas em profundidade. E assim, todos entendiam o resultado do tão esperado Prêmio Rapticula de Literatura, na Categoria Poesia (des)Necessária?

Em entrevista para os jornais The New York Time e Le Monde, Ney Paiva disse nem mesmo saber que estaria disputando um prêmio literário. Não sabe, até os dias de hoje, como o nave do nada (nome da obra vencedora) foi parar nas mãos do júri do Prêmio Rapticula de Literatura.
E quando foi interrogado da importância do prêmio e da categoria, o poeta disse que nunca pensou ser companhia dos clássicos nas estantes e disse saber que a categoria Poesia (des)Necessária deveria ser tão respeitada, porque julga que os livros deveriam estar nas mãos dos leitores e não fechados em certas estantes ao lado de nomes conhecidos de obras nem sempre lidas.
Talvez o nave do nada tenha sobrevoado tantos espaços vazios, tantas cabeças desocupadas e por isso tenha feito um pouso forçado nas fronteiras do júri Rapticula.

Talvez Deus saiba dizer do percurso e da chegada do nave do nada neste novo destino. Mas eu sou ateu e não tenho interesse algum em perguntar pra ele.
Disse Ney Ferraz Paiva na sua entrevista de duas páginas dos jornais Le Monde e The New York Time.

         E seguimos com um pequeno pedaço da asa do nave do nada:

Sentado na cadeira do poeta
                                           Eu vi o mar
o mar & sua serpente sépia
o fervor a pronúncia áspera das águas
de uma palavra que conduza os mortos para o outro mundo
boca que a loucura gostaria de ter
mar em que o último irmão se removeu até o fundo
arrastado pelos pássaros
                                           cansado de nada encontrar
 tudo o que não fala tem uma segunda morte.
 

                                                         nave do nada. p.73

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